Pressupostos Técnicos para Apurar a Classificação Energética de um Imóvel no Certificado Energético

Pressupostos Técnicos para Apurar a Classificação Energética de um Imóvel no Certificado Energético

O Certificado Energético é um documento que avalia a eficiência energética de um imóvel, atribuindo-lhe uma classificação que varia de A+ (mais eficiente) a F (menos eficiente). Para determinar essa classificação, são levados em consideração vários pressupostos técnicos e fatores específicos do imóvel. Esses pressupostos são fundamentais, pois permitem calcular o consumo de energia e a pegada de carbono do edifício. Neste artigo, vamos explicar os principais pressupostos técnicos necessários para apurar a classificação energética de um imóvel.

  1. Características da Envolvente do Edifício

A envolvente do edifício refere-se a todos os elementos que formam as fronteiras térmicas do imóvel, como paredes, janelas, coberturas e pavimentos. As características de isolamento e o desempenho desses elementos são essenciais para calcular a eficiência energética, pois determinam a perda ou ganho térmico do imóvel. Os principais aspetos a considerar são:

  • Tipo de construção: A natureza dos materiais usados na construção das paredes, coberturas e pavimentos afeta a capacidade do edifício de manter a temperatura interna estável.
  • Isolamento térmico: O nível de isolamento das paredes, coberturas, pavimentos e janelas influencia diretamente a eficiência térmica. Janelas de vidro duplo, por exemplo, são mais eficientes do que janelas simples.
  • Área e orientação do edifício: A área das superfícies expostas ao ambiente externo (como paredes e janelas) e a sua orientação (norte, sul, leste, oeste) influenciam a quantidade de energia solar passiva que o edifício recebe.
  • Caraterísticas específicas de cada imóvel: A organização interna dos espaços de cada imóvel, bem como as zonas de contacto com espaços não úteis (circulação comum, marquises, edifício adjacente, elevadores, desvão de cobertura, arrecadações, garagens, etc), são também aspetos muito importantes.
  1. Sistema de Aquecimento e Arrefecimento

Os sistemas de aquecimento e arrefecimento são responsáveis por manter o ambiente interno confortável, mas também são os maiores consumidores de energia em um edifício. A eficiência desses sistemas é um dos principais fatores no cálculo da classificação energética. Alguns dos principais aspetos a considerar são:

  • Tipo de sistema de aquecimento: Sistemas como aquecedores elétricos, caldeiras a gás, bombas de calor ou sistemas de aquecimento central podem ter eficiências muito diferentes. A mesmo lógica aplica-se aos sistemas de arrefecimento.
  • Eficiência dos aparelhos: A eficiência dos aparelhos de climatização é medida pela sua capacidade de gerar ou remover calor em relação ao consumo de energia. Equipamentos mais modernos, como bombas de calor e caldeiras a condensação, geralmente têm um melhor desempenho.
  • Controlo de temperatura: O uso de termostatos programáveis e sistemas de controlo inteligente também afeta a eficiência energética, pois evita o desperdício de energia.
  1. Sistemas de Produção de Energia Renovável

A presença de sistemas de produção de energia renovável no imóvel pode impactar significativamente a classificação energética. A utilização de fontes de energia renovável ajuda a reduzir o consumo de energia proveniente de fontes não renováveis, associado ao aquecimento, arrefecimento, ventilação e águas quentes e a reduzir as emissões de CO2. Alguns dos sistemas que são avaliados são:

  • Painéis fotovoltaicos: Geram eletricidade a partir da luz solar, reduzindo a necessidade de consumo de energia da rede elétrica associado ao aquecimento, arrefecimento, ventilação e águas quentes.
  • Sistemas solares térmicos: Utilizados para aquecer água de forma mais eficiente, sendo apoiado por sistemas elétricos ou a gás.
  • Aquecimento geotérmico: Aproveita o calor proveniente do subsolo para aquecer o edifício de maneira sustentável.

Esses sistemas são considerados na avaliação, e sua eficiência contribui para melhorar a classificação energética do imóvel.

  1. Ventilação e Qualidade do Ar Interior

A ventilação é essencial para manter a qualidade do ar dentro do imóvel, mas também afeta o consumo energético. A ventilação natural ou mecânica é importante para garantir um ambiente saudável sem gastar energia excessiva. Alguns pontos a considerar são:

  • Ventilação natural: A eficiência da ventilação natural é determinada pela disposição das janelas e pela orientação do edifício. Isso pode reduzir a necessidade de sistemas de ventilação mecânica, que consomem energia.
  • Ventilação mecânica controlada: A presença de sistemas de ventilação com recuperação de calor, que aproveitam a energia do ar quente ou frio que sai do edifício para pré-aquecer ou resfriar o ar que entra, pode melhorar a eficiência energética do imóvel.
  1. Consumo de Água e Sustentabilidade

O consumo de água também pode influenciar a classificação energética, especialmente quando se utilizam sistemas que reduzem o desperdício de água e energia. Sistemas de aquecimento de água eficientes e tecnologias como chuveiros de baixo consumo ou chuveiros com eficiência hídrica A+ contribuem para um menor consumo energético.

  1. Clima Local e Condições Ambientais

Por último, a localização e as condições meteorológicas são fatores técnicos importantes para calcular a classificação energética, pois influenciam as necessidades de aquecimento ou arrefecimento do edifício.

Conclusão

A classificação energética de um imóvel depende de uma análise detalhada de diversos pressupostos técnicos que envolvem tanto as características do edifício quanto os sistemas utilizados para o seu funcionamento. Desde o isolamento térmico e os sistemas de climatização até a utilização de fontes de energia renovável e os aparelhos elétricos, cada um desses fatores influencia a eficiência energética do imóvel e, consequentemente, sua classificação no Certificado Energético.

A correta avaliação desses pressupostos é fundamental para garantir que o edifício esteja em conformidade com as normas de eficiência energética, promovendo a sustentabilidade e a redução de custos operacionais ao longo do tempo.

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