Simulação Dinâmica Multizona
A simulação dinâmica multizona além de ser obrigatória para a emissão dos certificados energéticos de edifícios com mais de 250m2, também é uma ferramenta de excelência para análise de consumos energéticos, perfis de utilização e medidas de melhoria do edifício, permitindo resultados abrangentes e conclusivos.
Para a simulação dinâmica multizona é necessário utilizar um programa acreditado pela norma ASHRAE 140-2004, e o mesmo deverá ter, no mínimo, a capacidade de modelar:
- Mais do que uma zona térmica;
- Com um incremento horário e por um período de um ano civil, contabilizado em 8760 horas (24h 365 dias);
- A variação horária das cargas internas, diferenciadas em ocupação, iluminação e equipamentos;
- Os pontos de ajuste dos termostatos das zonas térmicas e a operação dos sistemas de climatização, permitindo a respetiva parametrização, de forma independente, para dias da semana e fins de semana;
- A recuperação de calor do ar de rejeição;
- O efeito da massa térmica do edifício.
Como é feita a Simulação Dinâmica Multizona?
O software utilizado para simular a instalação é o EnergyPlus, que utiliza como interface gráfica o DesignBuilder, responsável pela realização dos cálculos e simulações.
O programa EnergyPlus é desenvolvido pelo Departamento de Energia nos Estados Unidos da América, sendo um dos mais utilizados na área, uma vez que é alvo de contínuas atualizações com resultados fiáveis, no entanto, a introdução de dados neste programa é algo complexa e trabalhosa, sendo esse o motivo primordial da interface gráfica do DesignBuilder, simplificando a introdução de dados.
Este software encontra-se acreditado pela norma da ASHRAE 140-2004, referida anteriormente.
Para a certificação energética do edifício, são necessários quatro modelos de simulação distintos:
- Simulação do modelo real (com base nas monitorizações vs faturação e levantamento técnico);
- Simulação do modelo previsto (com base no modelo real, com algumas regras e orientações a respeitar de acordo com o decreto lei);
- Simulação do modelo de referência (com base em usos regulados e consumos de energia não regulados, com algumas regras e orientações a respeitar de acordo com o decreto lei);
- Simulação de medidas de melhoria (com base no modelo previsto, considerando a implementação das medidas de melhoria identificadas).
